Ministério da Saúde afirma que casos de dengue estão desacelerando

O Brasil observou uma redução no número de casos probáveis de dengue, de acordo com Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, durante uma coletiva nesta terça-feira (12).

Embora tenha mencionado uma “desaceleração” nos diagnósticos da doença, a secretária alertou para a variação temporal em cada estado durante a crise epidemiológica e demonstrou preocupação com os sorotipos da doença. “Estamos atentos aos 4 sorotipos em circulação. O sorotipo 3 não era visto há 15 anos e ressurgiu em 2024, o que nos mantém vigilantes diante de diferentes cenários futuros”, afirmou Maciel.

Segundo dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses, o país registrou 1.585.385 casos prováveis de dengue, com 450 mortes confirmadas e outras 849 sob investigação em relação à doença. O Ministério da Saúde também destacou que, dos casos prováveis, 13.112 foram considerados graves, com sinais de alarme.


Em 2024, o Ministério identificou a circulação simultânea de quatro sorotipos da dengue. É importante ressaltar que a imunidade para a dengue é específica para cada sorotipo, e a presença de diferentes sorotipos aumenta o risco de propagação da doença.

Minas Gerais permanece como o estado com o maior número de casos, totalizando 531.418 diagnósticos prováveis. Além disso, o estado apresenta um alto coeficiente de incidência, com 2.587,4 casos a cada 100 mil habitantes. A secretária apontou a diminuição dos casos em Minas Gerais como um indicativo para o restante do país. “Assim como subimos rapidamente, também iremos reduzir nossa taxa de casos”, explicou Maciel.

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Durante o pronunciamento, Ethel Maciel destacou a influência das mudanças climáticas no cenário epidemiológico “atípico” de 2024, com um aumento antecipado dos casos. Em relação aos testes rápidos, o Ministério alterou as orientações, incorporando uma distribuição mais ampla para um diagnóstico mais eficiente. Em parceria com o Ministério da Educação, serão promovidas ações nas escolas por meio do Programa Saúde na Escola (PSE).

O diretor de Emergências em Saúde Pública, Márcio Garcia, avaliou as ações adotadas pelo Ministério e fez um apelo à população. “Nosso intuito é evitar mortes e impedir a reprodução do mosquito. É fundamental que os cidadãos brasileiros, ao apresentarem sintomas de febre, busquem uma unidade de saúde e cuidem do ambiente para evitar a proliferação do mosquito”, ressaltou Garcia.

Até o momento, nove estados e o Distrito Federal decretaram estado de emergência, incluindo Acre, Amapá, Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. O Ministério informou que 288 municípios, a maioria em Minas Gerais (158), já adotaram a medida.

Durante a coletiva, também foi destacado que membros do Ministério da Saúde estão auxiliando no tratamento de pacientes em três estados, além do Distrito Federal, sendo eles Santa Catarina, Espírito Santo e Amapá.

Chikungunya e Febre do Oropouche

O Ministério da Saúde reportou 78.775 casos de Chikungunya no Brasil, com 31 mortes confirmadas e outras 58 em investigação. Também foram identificados mais casos de Febre do Oropouche na região Norte do país, uma arbovirose com sintomas semelhantes aos da Chikungunya. De acordo com os dados do Ministério, em 2024, foram registrados 2.255 casos de febre do Oropouche nos estados do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima.

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