O processo de distribuição do soro antiofídico em terras indígenas brasileiras passará por uma descentralização, conforme divulgado pelo Ministério da Saúde. Essa mudança já foi implementada em sete distritos sanitários especiais indígenas (Dseis) do Amazonas no início deste ano, preparando-se agora para alcançar o Dsei Yanomami em Roraima.
A descentralização significa o início de um novo método para ampliar os locais de atendimento às vítimas de picadas de animais peçonhentos. O objetivo principal é reduzir o tempo de resposta, minimizando os riscos de óbito e complicações permanentes. Esse movimento visa atender prioritariamente os distritos indígenas, identificados como mais vulneráveis devido ao aumento do risco de acidentes com animais peçonhentos nessa população, que chega a quatro vezes mais em comparação com outros grupos. A taxa de letalidade em tais casos é seis vezes maior entre os indígenas.
O plano do governo é expandir essa estratégia para todos os estados da Região Norte ao longo do tempo, visto que são responsáveis pela maior incidência de acidentes e óbitos relacionados a animais peçonhentos. Os casos graves continuarão sendo encaminhados para hospitais de referência do SUS.
Para garantir o sucesso dessa iniciativa, o Ministério está investindo em equipamentos como caixas térmicas e freezers para o transporte e armazenamento do soro antiofídico, além de fornecer treinamento para os profissionais de saúde. O Dsei Yanomami recebeu câmaras refrigeradas elétricas e solares para acondicionamento dos imunobiológicos, enquanto o Dsei Leste Roraima foi contemplado com equipamentos semelhantes.
Adicionalmente, estão sendo estudadas formas de ampliar o número de fabricantes credenciados para a produção do soro antiofídico, visto que atualmente apenas um laboratório o produz. A expectativa é que, até 2025, esse número seja triplicado, beneficiando o sistema de saúde como um todo.
Com base em informações da Agência Brasil.
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