O Brasil enfrentou um desafio significativo em relação à dengue em 2024, com 2.624.300 casos prováveis e 991 mortes relacionadas à doença. Esses dados foram apresentados no Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, divulgado recentemente. Além das mortes confirmadas, 1.483 óbitos estão sob investigação para determinar a sua ligação com o vírus.
O coeficiente de incidência da arbovirose, que é de 1292,4 para cada 100 mil habitantes, supera em muito o limite de 300 estabelecido pela Organização Mundial da Saúde para considerar uma situação como epidemia.
No que diz respeito à letalidade, o índice é de 0,04 em casos prováveis e de 4,09 em casos graves. Durante a 13ª semana epidemiológica, houve um declínio significativo, com 72.507 casos prováveis de dengue registrados no Brasil, representando uma redução em comparação com a nona semana, quando o país atingiu o pico da doença, com 333.261 casos prováveis.
A distribuição dos casos entre homens e mulheres revela que 44,6% dos possíveis infectados são do sexo masculino, enquanto 55,4% são do sexo feminino. A faixa etária mais afetada pelos casos prováveis do vírus é a de 20 a 29 anos.
Em termos de histórico, o número de infecções por dengue em 2024 já ultrapassou o total de casos registrados em 2023, que foram 1.658.816. É importante notar que o recorde anterior de casos prováveis aconteceu em 2015, com 1.688.688 casos, de acordo com a série histórica do Ministério da Saúde.
No que diz respeito às mortes, em 2023 houve 1.204 óbitos pela doença, o maior registro desde o início da contagem em 2000. Abaixo, listamos as mortes por dengue em ordem decrescente, conforme os dados do Ministério da Saúde:
– 2023 – 1204
– 2022 – 1053
– 2024 – 991
– 2015 – 986
– 2019 – 820
– 2016 – 701
– 2013 – 656
– 2010 – 656
– 2020 – 583
– 2011 – 558
– 2008 – 557
– 2014 – 475
– 2009 – 340
– 2012 – 327
– 2021 – 315
– 2007 – 290
– 2018 – 201
– 2017 – 180
– 2006 – 144
– 2002 – 142
– 2003 – 86
– 2005 – 72
– 2001 – 43
– 2004 – 19
– 2000 – 4
Esses dados destacam a gravidade da situação da dengue no Brasil e a importância de medidas eficazes para seu controle e prevenção. A supervisão de André Rigue garante a qualidade e veracidade dessas informações.
